Oitizeiro

CAPELA DE SANTO EXPEDITO – OITIZEIRO

Apresento aqui um trabalho realizado através de entrevistas feitas com alguns moradores da comunidade de Oitizeiro (Reriutaba-CE), com o objetivo de entender o que motivou os primeiros habitantes a lutarem pela construção de capelas que não chegaram a ser erguidas. Nesse artigo procuro entender como e porque a comunidade de Oitizeiro, ao longo das décadas de 1968 e 1990, empreendeu em três oportunidades o objetivo de erigir uma capela sem que nenhuma das tais tenha obtido sucesso. Se na comunidade aconteceu até os festejos em honra de São João Batista em 1982, então porque não foi construída a sua Igreja? Porque as pessoas que ali viviam inicialmente queriam como padroeira Nossa Senhora da Conceição? Porque colocaram alguns tijolos para a construção da capela de Santo André, em 1986, sem que a capela tenha se concretizado?

Para o entendimento sobre essas questões o uso da história oral tornou-se indispensável, pois escrever sobre este assunto constitui um grande desafio da qual necessita de fontes. A princípio passei a buscar informações com pessoas que teriam feito parte dos trabalhos anteriores: Rita Mariana da Cunha, Maria Lima Cunha, Raimundo Joaquim Peres, Maria Auxiliadora da Silva, Expedito Francisco Peres e Maria Aiá Cunha, todos moradores de Oitizeiro.

A oralidade para este trabalho tornou-se indispensável, pois foi através de uma pesquisa escrita que consegui escrever sobre esse tema que se faz necessário esclarecer para os novos moradores da comunidade a história dos desafios e lutas enfrentadas para a realização desta grande obra.

Na história oral, existe a geração de documentos (entrevistas) que possuem uma característica singular: São resultados do dialogo entre entrevistador e entrevistado; isso leva o historiador a afastar-se de interpretações fundadas numa rígida separação entre sujeito/ e objeto de pesquisa, e a buscar caminhos alternativos de interpretações. (MIKKA, 1988, p. 132).

Através das entrevistas apresentadas a seguir quero mostrar para a comunidade de Oitizeiro e comunidades vizinhas a historia da construção da capela de Santo Expedito. Por ser um lugar que cresce a cada dia e por ter pessoas dentro da comunidade que não tem conhecimentos da história e da luta pela referida obra. Muitos que ajudaram já partiram para a eternidade, mas que tem por aqui filhos e netos que guardam na lembrança a memoria de seus pais que muitos colaboraram para a realização desta obra.

De acordo com Meihy e Holanda (2010, p. 13) “Fonte oral é mais que historia oral. Fonte oral é o registro de qualquer recurso que guarda vestígios de manifestações da oralidade humana”. De acordo com a interpretação de Edvan Ferreira (2012, 06)

Todos sabemos, que narrar é uma característica tipicamente humana que não está presente em outras espécies, como defende Rüsen (2001) é uma pratica antropologicamente universal, narrar fundamenta-se como uma realidade ontológica no homem que se reconhece na sua individualidade e no seio de uma comunidade e tem interesses de lembrar e contar reminiscências.

Meihy e Holanda ainda ressalta que a necessidade de se ativar ou materializar o que existe em estado oral retido na memória, quase sempre acontece por desafios da própria comunidade, que não quer deixar morrer determinadas experiências e que, para isso, produz situações nas quais, no tempo presente, reinventam o passado não resolvido.

Todavia, nem sempre o conhecimento histórico recente foi valorizado. Como bem apontou Marieta de Moraes Ferreira (2000, 111)

É preciso lembrar que a história dos fatos recentes nem sempre foi vista como problemática. Na Antiguidade clássica, muito ao contrário, a história recente era o foco central da preocupação dos historiadores. Para Heródoto e Tucídides, a história era um repositório de exemplos que deveriam ser preservados, e o trabalho do historiador era expor os fatos recentes atestados por testemunhos diretos. Não havia portanto nenhuma interdição ao estudo dos fatos recentes, e as testemunhas oculares eram fontes privilegiadas para a pesquisa. A história oral é considerada uma banalidade que se apóia essencialmente na memória e nos testemunhos. Alguns vão mesmo mais longe e vêem tudo isso como a maneira de se ter acesso a uma outra história, aquela dos excluídos da história, que se confundem com os excluídos da escrita.

Para a realização deste trabalho foram feitas algumas entrevistas com pessoas da comunidade. Pensando nesse aspecto, é necessário considerar que as entrevistas são recursos para a discussão sobre história, mas não podem ser confundidas, pois de acordo com Philippe Joutard “Memória e história são, assim, duas vias de acesso ao passado paralelas e obedientes a duas lógicas distintas. Desse modo, Paul Ricoeur opõe ‘a fidelidade da memória’ à ‘verdade da história’”. (JOUTARD, 2007, 225). Não as duas possibilidades de trabalho caminhem sem diálogo, mas contendo suas especificidades, história e memória alimentam-se uma da outra. Nas palavras de Joutard (2007, 228)

A história tem, do mesmo modo, todo o interesse em escutar e respeitar a memória. Esta previne aquela, antes de tudo, “contra a tentação do determinismo”, na medida em que, como diz Paul Ricoeur, ela reencontra o passado como presente, tendo um futuro aberto.

Já Marieta de Moraes Ferreira acredita que foi essa aproximação, isto é, a da história com a memória, que possibilitou a dinamização da história nas últimas décadas. Segundo ela

O aprofundamento das discussões acerca das relações entre passado e presente na história, e o rompimento com a idéia que identificava objeto histórico e passado, definido como algo totalmente morto e incapaz de ser reinterpretado em função do presente, abriram novos caminhos para o estudo da história do século XX. Por sua vez, a expansão dos debates acerca da memória e de suas relações com a história pode oferecer chaves para uma nova intelegibilidade do passado (Rousso, 1993). Essa perspectiva que explora as relações entre memória e história, ao romper com uma visão determinista que elimina a liberdade dos homens, coloca em evidência a construção dos atores de sua própria identidade e reequaciona as relações entre passado e presente, reconhecendo que o passado é construído segundo as necessidades do presente. (FERREIRA, 2000, 118)

Desta forma, as demandas de memórias ocasionadas pelas consequências do pós-segunda guerra mundial, impulsionou vários países europeus a criarem seus centros de pesquisa de memória. O caso da França é discutido por Marieta de Moraes Ferreira quando a mesma afirma que:

A despeito da expansão e da legitimação dos estudos do tempo presente, ainda permanecem muitas resistências à sua incorporação como objeto da história. Foi na Alemanha, e especialmente na França, que esse novo campo da história se desenvolveu mais amplamente, privilegiando os estudos do pós-guerra. O estudo do século XX ganhou maior legitimidade na França a partir da Segunda Guerra, quando foi criado o Comitê de História da Segunda Guerra Mundial, destinado a promover iniciativas na área de documentação e pesquisa sobre o tema. Nos anos seguintes esse interesse ampliou-se, levando os poderes públicos a tomar a decisão de criar no CNRS um laboratório que teria por objetivo estudar o tempo presente. Nascia assim em 1978, sob a liderança de François Beédarida, o Institut d’ Histoire du Temps Présent em Paris. (FERREIRA, 2000, 120)

Pelo assim exposto, concluímos que a adoção das teorias interpretativas sobre a História do Tempo Presente, bem como do próprio papel da história oral como fundamentais para o desenvolvimento dessa pesquisa.

A partir do conhecimento da história que cada um terá, poderá valorizar e zelar por esta obra tão valiosa para todos e ainda mais para aqueles que muito lutaram por ela, pois como diz meu pai o Senhor Vicente Fernandes Rodrigues aposentado 80 anos de idade “nós só damos valor aquilo que conseguimos com o suor do nosso rosto”.

A comunidade de Oitizeiro possui atualmente um total de 482 habitantes distribuídos em 124 Residências e está localizada a 6 Km da cidade de Reriutaba, na CE 366 que liga Reriutaba a Guaraciaba do Norte. Em Reriutaba fica localizada a nossa paróquia com sua padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que passou a sede de paróquia em 23 de Novembro de 1936, por decreto de Dom José Tupinambá da Frota, tendo como primeiro vigário Padre Francisco Olinto Leitão.

PARÓQUIA DE RERIUTABA E SUA EVOLUÇÃO

A seguir um trecho do decreto que levou a Reriutaba a ser categoria de paróquia em 23 de Novembro de 1936

(…) Fazemos saber que tendo em consideração o aumento da população da vila de Santa Cruz e suas adjacências e a sua necessidade de prover o bem espiritual das almas confiadas a nossa solicitude pastoral, depois de ter ouvido o parecer de Revmos. Consultores diocesanos, e do RR Párocos interessados havemos por bem criar, como pela presente portaria criamos, a paróquia de N. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Santa Cruz desmembrando para constituí-la parte das paroquias de Ipu, Campo Grande e São Benedito e erigimos em matriz a atual capela existente na vila de Santa Cruz que gozará de todas as honras, privilégios e regalias das matrizes desta Diocese, tendo como Padroeira N. Senhora do Perpétuo Socorro. “Dom José Tupinambá da Frota Bispo da Diocese de Sobral”. (FROTA, 2002, p. 69)

Fotografia 1: Igreja Matriz de Reriutaba. Fonte: http://libertosdoopressor.blogspot.com.br/2012/12.

A paróquia de Reriutaba hoje conta com 17 capelas ativadas. Passaram por esta Paróquia muitos padres, mas o que mais permaneceu foi o Padre Emídio Moura Gomes que tomou posse no dia 05 de Março de 1989 na qual permaneceu por 22 anos, saído no dia 20 de Janeiro de 2012 para a paróquia de Bela Cruz-CE.

Como todo inicio é difícil, ao receber a paróquia, Pe. Emídio teve de enfrentar certas dificuldades, tanto no que diz respeito á questão espiritual quanto a estrutural. (COSTA, 2002, 19).

Com sua fé e dinamismo lutou para fazer com que o povo que era religioso e simpático a igreja se tornassem discípulos de Jesus Cristo e saíssem do seu individualismo. Buscou inovação e perseverança dentro da forma de envolver os fiéis com mais comprometimento mediante sua vivência católica.

Ao receber a paróquia de Reriutaba esta contava com apenas nove igrejas, contando com a igreja Matriz, após 19 anos já contava com 17 templos o que comprovou o esforço e dedicação do seu administrador católico.

O ser humano não nasce definido, pré-determinado, pré-moldado, mas constrói, se constitui experiência histórica, ser nunca pronto, um ser de projeto. Nasce frágil e ignorante, mas poderá vir a ser o mais importante dos seres. E um ser que transcede os limites impostos pela corporeidade e pela natureza e é capaz de projetar-se para um mais além. (TAVARES, 2002, p.11)

Para a realização deste trabalho foram feitas algumas entrevistas com pessoas da comunidade, nesta primeira entrevista com a Senhora Maria Aiá moradora local, ela nos relata como tudo começou.

Em Décadas passadas uma senhora saiu para tomar um banho, como já era final de tarde, rapidamente escureceu e ela não conseguiu mais enxergar o caminho de casa, quando de repente viu um clarão, e avistou uma imagem de Santo André no chão e logo conseguiu encontrar o caminho de casa, por isso as pessoas achavam que deveria construir uma capela que teria como Padroeiro Santo André.[1]

Numa entrevista realizada com Maria Lima Cunha, ela relata a luta pela construção da Igreja de São João Batista, o envolvimento que as pessoas tiveram em busca de arrecadação para a construção da capela, onde a mesma afirma ter participado de todos os movimentos.

Entre os anos de 1978 a 1980 houve até os festejos de São João Batista nesta comunidade, foi celebrada missa, teve o leilão e um batizado realizado pelo Pároco da Cidade Monsenhor José Ataíde Vasconcelos, onde meu esposo, o José Pedro e uma amiga, Socorro Boto pediram prendas e fizeram um grande Leilão. Mas logo em seguida deste evento foram iniciadas as obras da igreja de São João Batista, mas só que em Riacho das Fores. [2]

Passados alguns anos, agora em 1984 mais uma vez a comunidade de Oitizeiro se organizava para construir uma igreja, conversando com a senhora Maria de Jesus de Sousa, ela nos conta que:

Juntaram-se vários jovens e outras pessoas da comunidade como Francisco Adjemir e Inácia Rita fizeram um Leilão e Rifa, realizamos mutirões em busca de pedras, compramos tijolos para construir a capela de Santo André, mais algo muito ruim aconteceu, a morte do Monsenhor José Ataíde de Vasconcelos, o chefe da paroquia e com isso a comunidade entrou em desânimo.[3]

Passados quatro anos, em 1988 novamente a comunidade se reuniu, era mais uma nova ideia de construir a Igreja agora de Nossa Senhora da Conceição. Dona Maria Auxiliadora nos relata que tiveram uma ajuda para a construção da capela.

Fizemos um leilão e bingo com a ajuda do Sr. João Ximenes, neste tempo candidato a prefeito em nossa cidade, ele comprou 12 mil tijolos, os jovens fizeram mutirões para irem encherem o caminhão para fazer o transporte dos tijolos que eram feitos na localidade de Primeira Várzea, mas no dia 15 de Novembro o Sr. Francisco Peres o doador do terreno sofreu um infarto dentro da cabine eleitoral, quando estava votando. A comunidade parou com os movimentos, todos desanimaram-se e a comunidade de Primeira Várzea deu inicio a todo vapor a capela de Nossa Senhora da Conceição, e os tijolos faram se acabando e sendo emprestados.[4]

O senhor Paulo César da Silva nos relata que em 1993 a comunidade sonha novamente, agora seria uma igreja com a padroeira Nossa Senhora Aparecida.

Chamaram o padre Emídio para fazer a benção do local e ele falou que a comunidade estava louca em querer construir uma igreja no ano de seca, foi como um balde de agua apagando um fogo. E o sonho mais uma vez foi interrompido e a comunidade de Carnaúba começou a erguer a capela de Nossa senhora Aparecida. [5]

ENFIM A CAPELA DE SANTO EXPEDITO!

Em dezembro de 2001 meu esposo Paulo César da Silva tomou a iniciativa de construir uma capela, mais uma tentativa da construção, agora sendo a capela de Santo Expedito, como nos relata Paulo César:

Fui até a cidade falar com o pároco, encontrei ele na casa paroquial, falei da nova tentativa de construção da capela de Santo Expedito. Ele aceitou e trouxe José Bertulino Peres, estudante e estagiário de engenharia para fazer a medição. Vinheram e voltaram sem fazer a medição, ele falou que o espaço era enorme e que não poderiam fazer uma simples capela, o lugar exigiria uma capela mais estruturada, voltaram para Reriutaba, passaram-se alguns dias e chegou aqui o Bertulino que trazia um projeto de uma igreja octogonal relativa as oito bem aventuranças. [6]

No dia 12 de abril de 2002 a senhora Ana Maria da Cunha fez uma doação em materiais para o início da construção, sendo esse o 1º material a ser doado para a Igreja de Santo Expedito. Em 15 de Abril de 2002 foi dado inicio a fundação da igreja, o Sr. Raimundo Joaquim, Paulo César da Silva, Francisca Sinval, Zé Marcelo, Rita Maria e Manoel Zeferino, todos moradores da comunidade de Oitizeiro, se reuniram para pedir doações para a compra de materiais para a construção.

Em Outubro de 2002 a senhora Sebastiana Aldenora da Cunha, casada e moradora da comunidade de Quandú fez um leilão e doou o dinheiro para a compra de materiais. Segundo o senhor Raimundo Joaquim tudo caminhava muito bem, as obras em todo vapor quando o pároco da cidade veio analisar a obra e condenou resolvendo que a capela deveria ser maior assim ficando perdido muito trabalho e grande parte do material doado pela Senhora Ana Maria da Cunha .

foi um momento muito triste e difícil de aceitar, tanto trabalho voluntario prestado, e ver tudo sem valor, muitos desistiram e disseram que não iam mais trabalhar de graça para não verem resultados, A obra parou, surgiram muitos comentários relacionados à obra e a atitude do pároco. [7]

Quando no inicio de 2003 o Sr Antônio Bias da localidade de Areias doou uma boa quantia de materiais como tijolos, cimento e ferro isto foi motivo de alegria, até as pessoas que tinham trabalhado como voluntários e haviam se aborrecido com a ação do pároco de derrubar o que já estava construído, voltaram a trabalhar novamente. Em Abril de 2003 o senhor José Pedro realizou um leilão e fez a doação do lucro do leilão para a construção da igreja.

Em Maio de 2003 os moradores da comunidade fizeram uma caminhada com a imagem de Nossa Senhora, arrecadaram algum dinheiro, também fizeram um leilão em prol da construção. No dia 24 de Agosto de 2003 Padre Emídio celebrou uma missa em frente à construção, compareceu uma grande multidão, em seguida aconteceu mais um bingo de um carneiro. Em 18 de Setembro de 2003 novamente o senhor Antônio Bias de Areias fez a doação de 15 manilhas para as colunas do centro da igreja, então o senhor Davi Freire cedeu seu caminhão para colocar areia para a construção.

Em outubro de 2003 o senhor Osvaldo Honório, na época candidato a prefeito de Reriutaba, fez uma doação de 30 sacos de cimento, e em novembro foi realizado um torneio de futebol organizado pelo Kete, morador local, e ali foi vendido um bingo de um garrote, doado pelo senhor Chico Idalina, aposentado morador da comunidade de Quandú. Em Novembro daquele mesmo ano meu esposo Paulo César da Silva, encarregado da obra compra uma pequena estatua de Santo Expedito, um livro e um cd com o hino e as novenas do padroeiro.

QUEM FOI SANTO EXPEDITO?

Santo Expedito foi martirizado na Armênia. Ele era militar, foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob o imperador Dioclesiano, que subira ao trono de Roma em 284. Ele levava uma vida devassa; mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida. Foi então que lhe apareceu o Espírito do mal, em forma de corvo, e lhe segredou “cras….! cras….! cras….!” palavra latina que quer dizer: amanhã…! amanhã…! amanhã…!, isto é deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie sua conversão! Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o, gritando: HODIE! Quer dizer: HOJE! Nada de protelações! É pra já!. É por isto que o Santo Expedito é invocado nos casos que exige solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderia causar prejuízo.”.

Hino a Santo Expedito

Santo Expedito socorre-me agora.
Santo Expedito, és o Santo da última hora,
Levarei teu nome, pelo mundo a fora 2. Santo Expedito um show de graças
És soldado defensor de todas as causas urgentes,
Aos pés de Nosso Senhor.

3. Santo Expedito um show de graças,
derramai em minhas mãos.
Meu pedido leve ao Pai
Pois urgente é a missão,
Santo Expedito um show de graças!

Em Dezembro de 2003 o padre Emídio nomeou um ministro, (Hélio Morais de Medeiros 42, casado, comerciante) para esta comunidade para ajudar a mesma e juntos dar continuidade, aos trabalhos da igreja. No dia 29 de Dezembro foi sua 1ª celebração. Agora a comunidade já possuía um ministro vigário auxiliar que tinha como obrigação dar assistência aos idosos, fazer visitas, levar a hóstia consagrada e pregar o evangelho dentro da comunidade. Mesmo assim ainda tinha moradores que diziam dentro da comunidade “esta igreja não sai! Eu não tenho fé! Ou igreja difícil!” (senhoras). Enquanto uns não tinham Fé, outros trabalhavam voluntariamente e com muita fé.

Em Janeiro de 2004 foi implantado o dízimo dentro da comunidade, uma idéia do ministro Hélio, de Paulo César, agora encarregado da obra e também do secretário da paróquia (Antônio Nivaldo Rodrigues Mesquita 49 anos, casado) assim sendo os primeiros dizimistas da comunidade Paulo César, a senhora Francisca Sinval, a senhora Rita Maria e o ministro Hélio. A igreja iniciava o ano com quatro dizimistas. Em Fevereiro de 2004 o a esposa do ministro Hélio (Célia Furtado de Medeiros) fez uma reunião na tentativa de formar um grupo de cantos, e veio a criação de um coral, sendo batizado com o nome Força Jovem com Cristo.

Fotografia 2: Coral Força Jovem com Cristo. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Em Abril de 2004 a comunidade toma a iniciativa de festejar seu padroeiro, a igreja estava apenas levantada as paredes e com vigas no ponto para receber a laje, mas faltava recursos para a compra do material. A festa transcorreu no período de 17 á 19 de Abril (tríduo). Mesmo com a igreja sem cobertura foi celebrada os três dias dentro da construção e foi muito animado, o celebrante foi o nosso querido e saudoso Padre Camundé (Raimundo Nonato de Abreu), e para a surpresa de todos no 3º dia caiu uma forte chuva na hora da celebração, e as pessoas que estavam fora da igreja entraram para dentro da igreja e quando olharam para cima não tinha teto e alguns abriram seus guarda-chuvas. Mesmo com a chuva, foi muito animado e adquiriu-se uma boa renda para dar início na compra do material para a laje. Em Maio de 2004 alguns filhos da terra, que moram até hoje no Rio de Janeiro, mandaram algumas doações para ajudar na cobertura, Erotildes, Inácia, Dalva e Nila. Juntaram-se essas doações com um pouco do dinheiro do dízimo e os pedreiros já começaram a receber seus dias de serviço, apenas o senhor Raimundo Joaquim continuou trabalhando voluntariamente.

Para a cobertura da laje da igreja, muitas pessoas se mobilizaram para fazer promoções, até as comunidades vizinhas, como no Quandú, onde a senhora Socorrinha fez um leilão, na comunidade de Cipó a senhora Maria Fernandes fez um bingo, na comunidade de Mufumbal a Senhora Maria Gorete Alencar fez uma rifa, mostrando assim que a união faz a força. Em Maio de 2004 foi instalado o relógio da Coelce. Com estas arrecadações foi comprada uma caixa de som para a igreja em Junho de 2004, e também 200m de laje para a primeira parte da cobertura da igreja e custou o total de R$ 3 100,00. A comunidade não tinha todo o dinheiro, então deu apenas uma parte e ficou devendo a outra, para novamente continuar a luta em busca de doações como também fazer promoções.

Em Setembro aconteceu um mutirão para colocar a laje da igreja, muitas pessoas da comunidade trabalharam voluntariamente:

César, Régio, Zito, Raimundo Joaquim, Zé Carlos, Gilliard, Izael, Cícero Joaquim, Braz Viana, Cosmo Brito, Evandro, Francinê, Wilsson, Diassis, Melquiades, Neuton, Antônio de Matos, Sergio, Marcone, Inácio, Neguim, Arimatéia, Cândido, João Chiquinho e Antônio Manoel, todos moradores da comunidade local. Esta foi a primeira parte da laje.

No dia 14 de Outubro foi trabalhada a segunda etapa da montagem da laje, foi usado 18 peças de andaimes emprestado pelo saudoso senhor Chaguinha das lojas do povo. Foram duas semanas de serviço muito pesado, com os pedreiros Sergio, Raimundo Joaquim e Zito montando trilhos e colocando escoras para receber o concreto. César e Zito organizaram o mesmo mutirão da primeira vez para a 2ª etapa. Ataíde pontes conseguiu uma pipa de água. Ficando assim a igreja já coberta com a parte da laje, mas ainda faltando cobrir o centro da igreja, que seria com madeira e telha, fechando assim o total da despesa com a laje de R$ 5.860,00 aproximadamente.

Fotografia 3: Construção da Laje da igreja. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Em 25 de Janeiro de 2005 para a surpresa da comunidade chegou uma equipe de trabalhadores comandados pelo senhor Vicente Filho de Amanaiara, com a ordem de serviço de seu tio José Teodoro Soares. A comunidade recebe com muita alegria. Iniciou-se a parte de emboço das paredes e laje, estrutura das calçadas e o presbitério. No dia 27 de janeiro o encarregado da igreja Paulo César da Silva compra material e paga para fazer a instalação da energia. Em 25 de Fevereiro de 2005 a equipe de trabalhadores do senhor Vicente Filho fecha a igreja colocando as portas e janelas. Até aqui a comunidade ainda devia uma boa parte da obra da laje ao ministro Hélio, que para não ficar devendo na loja de construção, achou melhor pagar a loja e assim a comunidade ficaria devendo ao ministro e não a loja, segundo Paulo César: “Foram momentos muito difíceis com as dividas, mais com a força de Deus a comunidade lutava incansavelmente”.

No dia 28 de Fevereiro de 2005, eu Elizabete e a senhora Francisca Sinval (viúva aposentada e moradora da comunidade local), fomos chamadas pelo pároco da cidade, Padre Emídio á fazer parte do grupo de ministros extraordinários da Santa Eucaristia, ao qual eu muito admirava, fiquei muito feliz pois desde criança eu sentia um imensa vocação de trabalhar pelos projetos de Deus como nos relata Pe André.

A vocação é um Dom de Deus. Ele toma a iniciativa de chamar cada um de nós, pois nos ama e quer a nossa felicidade. Como nos ensina São João, em sua primeira carta: Deus nos amou primeiro. Deus é Amor. E, de fato, somos filhos e filhas amados do pai. (Pe. André Eduardo G.Lourenço. 2006).

Aceitamos e no dia 05 de Março de 2005 recebemos o ministério e a chave da igreja, sendo assim agora eu poderia acompanhar ainda mais de perto a realização dos trabalhos desta capela.

No dia 20 de Março eu e Paulo César da Silva fomos à casa do senhor Valmir Andrade, proprietário de escritório de contabilidade em Sobral, pedi-lo uma doação para a capela, pois ele já havia prometido há muitos meses. Ele nos recebeu muito bem, junto com a sua esposa dona Conceição Linhares. O senhor Valmir fez uma doação de R$ 700,00 e dona Conceição nos doou uma perua para um bingo. Ao receber esta doação voltamos para casa muito felizes, agora já iríamos pagar ao ministro Hélio mais da metade do que estávamos devendo a ele, se ele emprestou R$ 1 050,00 agora só faltava pagar R$ 350,00.

No inicio de Abril de 2005 nos preparamos para o 2º festejo do padroeiro, que aconteceu de 16 a 19 de Abril, foi bastante animado. Padre Camundé criou, junto conosco, um grupo litúrgico que trabalhou na organização da festa. Foi uma festa bem participada, vieram pessoas até de Sobral, a festa teve uma arrecadação de R$ 2.200,00, o padre dispensou a parte que lhe tocava e fez doação para a igreja. Com este dinheiro foi pago o restante que faltava da laje e alguns pedreiros que ainda não haviam recebido, agora era começar planejar a cobertura do meio da igreja.

Fotografia 4 e 5: Primeiro Grupo litúrgico da Igreja de Santo Expedito. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

A comunidade novamente abraçou o mês de maio em devoção a nossa senhora, fazendo caminhada e novenários e no dia 21 de maio de 2005, um novo ministro toma posse da igreja, junto conosco, agora seria o ministro Antônio Nivaldo Rodrigues Mesquita, pois o ministro Hélio assumiria a comunidade de Cabaceiras. Agora seria eu Maria Elizabete, dona Francisca Sinval e o Nivaldo, Continuamos com os trabalhos da igreja, tanto na evangelização como na construção, tendo conhecimento e ajudando no que estava ao nosso alcance. Trabalhamos juntos com a comunidade para conseguir doações para finalizar a cobertura da igreja, fazendo leilões, Bingos e pedindo doações.

No dia 06 de Outubro de 2005 Cleone Ximenes proprietário da loja madeireira de Varjota, veio tirar as medidas do teto, para finalizar a cobertura da igreja. No dia 20 de Março de 2006 Cleone chegou à comunidade, para dar inicio a cobertura da igreja, com sua equipe de trabalhadores finalizando no dia 07 de Abril, agora para a alegria de todos a 3ª festa de nosso padroeiro já seria com a igreja totalmente coberta, custando R$ 7 800,00, até aqui a igreja já contava com vários dizimistas.

Fotografia 6: Finalização do teto da igreja de Santo Expedito. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Em 22 de Agosto o senhor Odécio Residente em Fortaleza, chegou à igreja para fazer a medição para a compra do piso (cerâmica), dizendo que iria fazer a doação do piso, e no dia 03 de Setembro de 2006 recebemos a cerâmica e o granito. A comunidade fica surpresa ao receber a cerâmica do senhor Vicente Filho que entrega dizendo ser uma doação do seu tio, o deputado José Teodoro. Agora era com a comunidade colocar no lugar, novamente nós nos reunimos para adquirirmos recursos para colocar o piso, e no dia 07 de Abril de 2007 contratamos o pedreiro, em seguida começou os trabalhos ficando muito bonito, depois de todo esse trabalho, só faltava conseguir uma pintura bem bonita.

Fotografia 7: Colocação do Piso e Granito da Igreja de Oitizeiro. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Nos festejos de 2007 a igreja já estava toda na cerâmica e o seu corredor no granito, mais faltava uma coisa muito importante, os bancos para acomodar os visitantes, que a cada ano só aumentava. Em 2008 os trabalhos de construção pararam, agora era o momento para trabalhar e conscientizar as pessoas da comunidade a contribuir com o dízimo foi um trabalho aprovado dentro da comunidade e no inicio de 2009 a igreja já contava com 104 dizimistas. Durante o ano e 2009 conseguimos realizar vários projetos: o 1º foi à compra de uma imagem de Santo Expedito medindo 1,20m de altura, sua chegada à igreja foi em 16 de Abril de 2009. Também em Abril de 2009 realizou-se a primeira pintura deixando a igreja muito bonita.

Fotografia 8 e 9: Pintura da Igreja e Estátua do Padroeiro Santo Expedito. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Agora era começar a pensar como construir uma sacristia, local onde o padre e toda a equipe celebrativa se arrumam para sair em procissão até o presbitério e lá dar inicio a santa missa. Em janeiro de 2010 foi feito o projeto e dado inicio aos trabalhos, e em agosto de 2010 a sacristia estava concluída, juntamente com um banheiro, tudo com o recurso do dízimo. Em 14 de Dezembro de 2010, as colegas Auxiliadora, Nalva e Rita de Cassia, todas morados da comunidade local, recebem o convite do padre Emídio para serem ministras, e para a nossa alegria e o crescimento de nossa comunidade, elas aceitam e recebem o ministério no dia 28 de Fevereiro de 2011. Agora nos éramos 06 ministros para trabalhar em prol da evangelização de nossa comunidade. Nivaldo, Francisca Sinval, Elizabete, Auxiliadora, Nalva e Rita de Cassia. Todas vocacionadas ao serviço de Deus. Nas palavras de Marques:

Vocação é um Dom de Deus, uma vocação na igreja para seguir a Jesus Cristo mais de perto, assumindo seus sonhos e sua missão é uma opção de vida, escolher livremente um jeito de viver marcando a presença de Deus no Mundo. Marques (2004, p.07.)

A partir de agora era trabalhar no projeto da compra dos bancos, planejar, arrecadar, comprar e pagar. Com a arrecadação da festa de 2011 e o dinheiro do dízimo nos preparamos para a compra dos bancos, encomendamos 16 bancos, cada banco media 3 metros, custaram R$ 350,00 cada banco, recebemos na igreja no dia 05 de Setembro e no dia 11 de Setembro de 2011 foi realizado uma missa em ação de graças celebrada pelo Padre Emídio pela aquisição dos trabalhos concluídos. Segundo Girardi:

“O cristão é fundamentalmente a pessoa que espera, que vive a dimensão profunda de esperança. No entanto, ele deve ser isento de toda passividade, ou falta de espirito de luta, pois a esperança passiva nada mais é do que “não esperança”. Ou seja, do desespero e da impotência”. Girardi (1998, p.1998)

No dia 20 de Janeiro de 2012 o Padre Emídio Moura Gomes deixa a nossa paroquia, lugar onde se dedicou durante 22 anos, sendo transferido para a cidade de Bela Cruz, deixando-nos muitas saudades e muito serviço prestado dentro da paroquia. No dia 24 de Janeiro de 2012 chega a Reriutaba o novo pároco, padre Antônio Marcos Ribeiro, que muda um pouco a dinâmica dos trabalhos dos ministros.

Fotografia 10 e 11: A esquerda Padre Emídio Moura Gomes e a direita Padre Marcos Ribeiro. Fonte: http://esportereriutabense.blogspot.com.br/2011/12/com-saida-de-padre-emidio-assumira.html

Nivaldo se afasta do cargo de ministro vigário, e as ministras dona Francisca Sinval, Nalva e Rita de Cassia também pedem licença e dão continuidade aos trabalhos das ministras Elizabete e Auxiliadora. Agora a igreja contava com 184 dizimistas, tendo em frente da pastoral do dízimo a missionária Barbara Maria Domingos que muito trabalha com amor, uma grande batalhadora e defensora no projeto de deus, os dizimistas contribuem mensalmente com seu dízimo, para a manutenção da igreja, não pagando 10% obrigatoriamente ou dando aquilo que lhe sobra, mas sim contribuindo com as condições de cada um. Como está escrito no livro dos Provérbios:

“Ao que distribui, mas lhe será acrescentado, e ao que retém mais do que é justo, é para sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido”. (Provérbios 11: 24-25)

Padre Ribeiro celebra a primeira missa nesta capela no dia 26 de Fevereiro e em Março nós nos reunimos para prepararmos a festa de nosso padroeiro acontecendo nosso primeiro café comunitário e a primeira festa a ser celebrada em 10 dias. Foi uma festa muito bem participada e em 19 de Maio Padre Ribeiro empoça oficialmente o casal coordenador da capela que seria Eu Maria Elizabete Fernandes da Silva e meu esposo Paulo César da Silva para coordenar os trabalhos realizados dentro da capela.

No final de Dezembro de 2012 o casal coordenador junto com a comunidade e com o apoio do Padre Marcos Ribeiro tomam a iniciativa de uma nova pintura na Igreja. Entre Novembro e Dezembro de 2012 pintamos a Igreja com cores claras, usando o marfim e o cromo suave por dentro e por fora o amarelo vanília e vermelho.

Fotografia 12: Pintura e Cruzeiro da Igreja de Santo Expedito. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Em Dezembro de 2012 o Padre Marcos Ribeiro cria um conselho administrativo para a capela. No dia 18 de Maio de 2013 a comunidade recebe pela primeira vez nesta capela a visita de vossa excelência o reverendíssimo Bispo de nossa diocese Dom Odeli José Magri, que celebra ali uma linda missa com uma enorme, multidão presente, foi um momento inesquecível.

Fotografia 13: Visita Do Bispo Dom Odeli. Fonte: Arquivo Pessoal de Paulo César da Silva.

Fernando Sabino ressalta que “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existe momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”[8]

Para fortalecer o trabalho de evangelização dentro da comunidade em 19 de Junho de 2013 a capela recebe dois coroinhas: Antônio Wanderson e Raimundo Rafael, e em 24 de Agosto recebe a investidura de ministra a senhora Maria Aiá Cunha, agente de saúde da comunidade local. Também foi criado o terço dos homens no dia 09 de Dezembro de 2013.

Para concluir os trabalhos de construção da capela em Março de 2013 foi construído o cruzeiro e frente a Igreja, sendo este todo em granito, medindo 03 metros de altura, foi colocado também 200 metros de mosaico na calçada em Março de 2014 e Também foi feita a compra de uma pia Batismal.

Percebemos o quanto a capela é importante para os moradores da comunidade, hoje a nossa capela conta com 226 dizimistas. Atualmente acontecem os festejos de seu padroeiro santo expedito sendo realizado no mês de Abril, recebendo muitos devotos e visitantes das localidades vizinhas, é uma festa bem participada, e a cada ano aumenta mais o número de Fiéis.

Foi um trabalho árduo, mas incansavelmente, é gratificante olhar para a igreja hoje e ver que a união faz a força.

CONCLUSÃO

Diante dos relatos de pesquisas, da origem dos acontecimentos, precisão dos fatos, a certeza das datas, estudos bibliográficos a exatidão das informações em torno do desejo das pessoas de um pequeno povoado por nome de Oitizeiro que começo a lutar pela realização de um sonho por volta da década de 1960 a 1990.

Em virtude das entrevistas mencionadas no desenvolvimento desse trabalho percebe-se que após muitas tentativas a comunidade consegue realizar os trabalhos de concretização da capela de Santo Expedito, sendo este conhecido como Santo das causas urgentes e impossíveis.

Conforme as dificuldades e os desafios enfrentados, a consciência de força e as circunstâncias de fé e perseverança tornaram-se motivação na luta incansável pela aquisição da construção desse templo para ali serem realizados suas manifestações religiosas. A força de vontade de um povo tornou-se arma para o enfrentamento das dificuldades e fortalecimento de um asseio ou desejo de vitória.

Pretende-se mostrar com este trabalho que a busca da honestidade, da confiança, da autoestima e do aprender a se doar deve ser uma ação de todos e que esta busca beneficiem a todos que sabem fazer do tempo o seu escudo.

Fontes

Fontes Orais

Maria Aiá Cunha, 49 anos, agente comunitária de saúde e moradora local. Entrevista realizada por mim em 04 de agosto de 2014

Maria Lima Cunha, 78 anos, aposentada. Entrevista realizada por mim em 04 de agosto de 2014

Maria de Jesus de Sousa, 69 anos, aposentada. Entrevista realizada por mim em 18 de agosto de 2014.

Maria Auxiliadora da Silva. 55 anos, aposentada, moradora local. Entrevista realizada por mim em 07 de agosto de 2014.

Paulo César da Silva, 45 anos, servidor público, morador de Oitizeiro. Entrevista realizada por mim em 12 de agosto de 2014.

Raimundo Joaquim Peres, 62 anos, aposentado, morador local. Entrevista realizada por mim em 28 de agosto de 2014.

3 Maria Aiá Cunha, 49 anos, agente comunitária de saúde e moradora local. Entrevista realizada por mim em 04 de agosto de 2014

4 Maria Lima Cunha, 78 anos, aposentada. Entrevista realizada por mim em 04 de agosto de 2014

[3] Maria de Jesus de Sousa, 69 anos, aposentada. Entrevista realizada por mim em 18 de agosto de 2014.

[4] Maria Auxiliadora da Silva. 55 anos, aposentada, moradora local. Entrevista realizada por mim em 07 de agosto de 2014.

[5] Paulo César da Silva, 45 anos, servidor público, morador de Oitizeiro. Entrevista realizada por mim em 12 de agosto de 2014.

[6] Idem.

[7] Raimundo Joaquim da Silva, 62 anos, aposentado, morador local. Entrevista realizada por mim em 28 de agosto de 2014.

[8] SABINO, Fernando. Frases de Fernando Sabino. 2014. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2014.